Murmurando um arrepio doce
deu-se conta dos intervalos da vida
onde cantou odisseias momentâneas.
Daquele lugar nada sobrou
nada de nada
nada, do nada que nunca foi.
Libertinagem incandescente e fria
tomada nos pulsos fracos de menina
suja, lânguida e primorosamente despenteada.
O reboliço da imagem, ainda o trago
nesta cabeça oca repleta de memórias
engavetadas nos sulcos rasgados e mortos.
Chega-me pensar no odor fétido, intenso
dos dedos cravados em feridas abertas
expostas ao clamor bruto da ressureição.
Do nada que nada era, surgiu
explêndida, regozijada e crente
nesses sacramentos insuspeitos e perigosos.
E por tudo o que me revela sem dar conta
ajudo-a a descansar as ondas negras no meu colo
e de repente me transformo em calma maresia .
Padeço desse monstro que nada é nem será
porquantas vidas por mim e por ela passarem.
Assim... de repente
enquanto murmuro um arrepio.
deu-se conta dos intervalos da vida
onde cantou odisseias momentâneas.
Daquele lugar nada sobrou
nada de nada
nada, do nada que nunca foi.
Libertinagem incandescente e fria
tomada nos pulsos fracos de menina
suja, lânguida e primorosamente despenteada.
O reboliço da imagem, ainda o trago
nesta cabeça oca repleta de memórias
engavetadas nos sulcos rasgados e mortos.
Chega-me pensar no odor fétido, intenso
dos dedos cravados em feridas abertas
expostas ao clamor bruto da ressureição.
Do nada que nada era, surgiu
explêndida, regozijada e crente
nesses sacramentos insuspeitos e perigosos.
E por tudo o que me revela sem dar conta
ajudo-a a descansar as ondas negras no meu colo
e de repente me transformo em calma maresia .
Padeço desse monstro que nada é nem será
porquantas vidas por mim e por ela passarem.
Assim... de repente
enquanto murmuro um arrepio.